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Região

Criadores de suínos estarão reunidos em Treze Tílias

Publicado em 06/01/2016 ás10:30

Reprodução internet

Foto: Reprodução internet

Está marcada para a próxima sexta-feira, dia 8, em Treze Tílias, uma reunião com as mais importantes entidades filiadas à Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS). O encontro contará com a participação do diretor executivo da ABCS, Nilo de Sá, além do presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi, do presidente da Associação Paranaense de Suinocultores (APS), Jacir Dariva e do presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), Valdecir Luis Folador.

Estarão em pauta o novo registro genealógico de animais e os custos de produção. O evento está previsto para ocorrer a partir das 16h no Hotel Tirol e a reunião será aberta para o público. "Vamos fazer essa reunião em Santa Catarina por aqui ser a região com maior produção e exportação de carne suína", diz Losivanio. 

Custos de produção

O ano de 2015 foi marcado pelo alto custo de produção e a baixa remuneração ao suinocultor. Prova disso é que já nos primeiros dias de 2016 o preço do quilo do suíno pago ao produtor apresentou queda de R$ 0,10. O valor médio pago pela Cooper Central Aurora caiu dos R$ 3,20 para R$ 3,10. A BRF e a Pamplona também reduziram, de R$ 3,10 para R$ 3,00. A JBS permanece com o preço de R$ 3,10. O primeiro reajuste de 2016 entrou em vigor na última segunda-feira, dia 4.

Conforme Losivanio, a baixa já estava decretada no final do mês de dezembro, mas repercutiu apenas a partir desta semana. A reunião de sexta-feira servirá para que as três maiores associações da ABCS encontrem alternativas para driblar o momento de fragilidade do setor. "Todas as associações fazer um grande trabalho em prol do produtor e faz muito tempo que eu tento conciliar os três estados do Sul por serem os maiores produtores e concentrar as matrizes das grandes empresas. Precisamos trabalhar em conjunto para melhorar o rendimento do produtor na propriedade rural".

Desafios do setor

Os produtores de suínos de outros estados possuem um custo de produção menor por estarem mais próximos dos grãos. A ACCS cobra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) o repasse maior de milho para Santa Catarina, o que poderia diminuir o preço do cereal, cuja saca é comercializada a R$ 38,00.  

Losivanio diz que há 10 anos lideranças tentam, sem sucesso, trazer mais milho para Santa Catarina. Conforme o presidente, a logística da Conab é falha, pois na maioria das vezes estoca o cereal do Paraná - um dos maiores produtores do país - em depósitos de outras regiões, que depois volta ao Sul.

Ele explica também que a Conab está atrelada ao Ministério da Agricultura, que não possui recursos para fazer a logística e a aquisição de milho - que depende do aval do Ministério da Fazenda. "Quando nos reunimos com a Conab sempre saem as melhores propostas, mas que nunca são colocadas em prática. Não desistimos da Conab, mas não temos esperança de que isso possa mudar por conta de toda a dificuldade política e financeira do país".

Outro empecilho encontrado pela cadeia produtiva no fim do ano passado foi que a Conab passou a praticar preço de mercado de milho. "Não temos mais subsídio e temos o problema de falta de qualidade no milho que está estocado há vários anos em outras regiões. O produtor precisa pagar o produto antecipadamente e consegue comprar apenas seis toneladas, o que inviável pelo baixa quantidade atrelada ao alto custo do frete", destaca Losivanio.    

Registro Genealógico

O registro genealógico era feito até então pelas associações estaduais, sendo que o material era encaminhado pelos produtores e digitalizado pelas associações. Feito o procedimento, o suinocultor precisava voltar até a associação para buscar a documentação e entregar junto ao animal comercializado.

A partir da metade de 2015, diversos produtores conseguiram fazer o procedimento diretamente da propriedade rural. "Ele instala um programa de computador, faz o cadastro e, quando necessário, consegue imprimir o registro. O animal sai com toda a documentação em dia. O sistema ainda é novo e precisamos ainda fazer alguns ajustes. Até junho deste ano todas as propriedades devem ter o sistema instalado", explica o presidente da ACCS. 

Fonte: Tiago Rafael/Assessoria de Imprensa - ACCS

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