Aprovado por unanimidade na sessão desta segunda-feira (28), a Moção de Apoio de nº 002/2016, de autoria do vereador Clair Tessari- Cabelo- (PMDB), com apoio da Casa Legislativa para que seja dirigida a Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS) e encaminhada para a Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc).

Segundo o vereador, a Moção tem por objetivo apoiar os suinocultores neste grave momento de crise. “A suinocultura da região Sul do Brasil, conhecida mundialmente por ser o berço da atividade no País, está perto de entrar em colapso total, segundo a opinião de diversos produtores do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Os produtores afirmam que, se o cenário não mudar imediatamente, os suinocultores estarão fadados à falência em um prazo de no máximo 40 dias, pois já não conseguem arcar com as despesas e também não encontram mais linha de crédito para esperar o momento tempestuoso passar. A tendência de baixa no preço pago pelo quilo do suíno é preocupante, era de R$ 3,20, mas com projeção de queda. Em contrapartida, o preço para produzir o quilo do suíno passa da casa dos R$ 4,00, o que representa um prejuízo entre R$ 90 e R$ 100,00 por animal de 100 quilos”.

“O Brasil passa por uma série crise política e financeira e não vemos nossos políticos em nível de Brasil ou Estado fazendo algo em prol dos suinocultores. Não vi ou ouvi qualquer autoridade se reportar sobre esta gravíssima situação, os governos tem que intervir apoiar os suinocultores, antes que seja tarde demais”, defendeu Cabelo.

Avaliação da ACCS

O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi, avalia que o momento é desesperador, agravado principalmente pela briga política em Brasília. “Os políticos estão preocupados em não perder seus assentos. Para equilibrar a balança comercial e minimizar o déficit, o governo exporta tudo. A crise se agrava ainda mais para quem produz proteína animal”. A ACCS  programa para o dia 4 de abril uma Audiência Pública na Assembleia Legislativa de Santa Catarina.  A entidade espera a participação dos produtores, lideranças políticas e representantes correlacionados com a área.