Os vereadores de Joaçaba não autorizaram o prefeito Rafael Laske contrair financiamento com o BRDE no valor de R$ 2,1 milhões para a conclusão das obras do Parque Municipal. O projeto foi a votação na noite desta quarta-feira (20) sob os olhares atentos de várias pessoas que se fizeram presentes a sessão. A matéria recebeu sete votos contrários (Éber Bündchen, Divair De Marco, Vilmar Zilio, Chico Lopes, Almir Pastori e Ademir Righi) e apenas dois favoráveis (Elói Hoffelder e Luiz Vastres).

Veja a justificativa dos vereadores:

Chico Lopes – “Tenho sido muito criticado pelo prefeito Rafael Laske. Quero deixar claro que não sou contra o parque, e entendo que vai trazer benefício para a população. Mas também não aprovamos a derrubada do ginásio, do estágio e do Tiro de Guerra, pelo contrário, pedimos uma audiência pública para que a população opinasse e não fomos ouvidos. Se aprovarmos esse investimento, quem vai pagar não é o próximo prefeito, é o cidadão joaçabense".

Ademir Righi – "A população se mostrava contrário a demolição do Silveirão e do estádio, mesmo assim o prefeito resolveu derrubar, e para justificar disse que conseguiria uma emenda na ordem de R$ 5,5 milhões. E agora? Pelos veteranos que jogaram e pela população que prestigiava os eventos, eu me declaro contra".

Luis Vastres – "Até pouco tempo os projetos passavam nessa casa, mas de uns tempos pra cá mudou. Temos aproximadamente R$ 2 milhões investidos lá, é só autorizar o financiamento, concluir e entregar para a população, ou vamos deixar se criar um elefante branco? Todos os prefeitos fazem financiamentos. Voto a favor com muita segurança, pois represento nessa casa 790 votos. Tenho minha posição e a população vai avaliar depois".

Almir Pastori – "A população deveria ter sido ouvida sobre a demolição do ginásio e estádio, mas infelizmente não foi. Quero lembrar a dificuldade que o município está tendo para concluir as 74 casas no conjunto habitacional, mas querem concluir o parque. Temos ações mais importantes".

Elói Hoffelder – "Na administração passada, a menina dos olhos do prefeito Armindo Haro Neto era a nova rodoviária, ele sacrificou um monte de serviços e obras, pois era o marco de sua administração. Agora o marco é o acesso Adolfo Ziguelli e o Parque. A obra terá continuidade, e vejo que a população será penalizada, pois mesmo não sendo aprovado o financiamento, ela será concluída. Vão remanejar orçamento, retirando recursos de outras áreas".

Divair de Marco – "Fico preocupada e chateada pela polêmica criada em um ano político. Não devemos misturar as coisas, temos que pensar pelo bem da comunidade como aconteceu até o final de 2015, quando aprovávamos projetos sem polemizar, mas agora começa a rivalidade".

Éber Bündchen – "Também sugeri audiência pública para discutir com toda a população sobre a demolição. Ouvi a população sobre o financiamento e vejo que as opiniões estão divididas.  É bom que se se diga que a administração poderia executar a obra com seus recursos, mas tivemos queda na arrecadação e inviabilizou. Mas neste momento de incerteza não vou ser responsável por uma dívida e pela queda de arrecadação. Primeiro as obras necessárias, depois o lazer".

Vilmar Zílio – "Eu acho que o prefeito vai dar um jeito de fazer e não vamos nos opor as iniciativas, desde que não prejudiquem o bom andamento e atendimento aos joaçabenes. O lazer é necessário, mas o investimento não pode ser tão grande assim".

Pavimentação de ruas

Por entender que se tratar de prioridade, na mesma sessão os vereadores aprovaram o projeto de financiamento com o BADESC para pavimentação de seis ruas. O valor é de R$ 1,5 milhões.