A C� �mara de Vereadores de Herval d´Oeste realizou na noite desta quinta-feira (11) uma sessão temática para tratar sobre a alteração no código de posturas do município que permitirá a abertura dos supermercados aos domingos, caso seja aprovada. Empresários, sindicalistas, ex-vereadores e entidades puderam expressar na tribuna seus pontos de vista. Alexandre Simioni, diretor proprietário do Supermercado Passarela, destacou que o momento é um marco para o município que pode sair na frente de outras cidades. “Pensar em desenvolvimento é estar com as portas abertas. Hoje a realidade é outra, temos que estar atentos às necessidades do consumidor”, defendeu. Para ele, Joaçaba e Herval ainda não se deram conta do grande potencial que tem. “Pessoas de toda a região vem para cá fazer compras, por isso temos que dar oportunidades”. Alexandre disse ainda que a Lei federal permite a abertura aos domingos e teve que se valer de um mandado de segurança em Concórdia que foi deferido pela justiça para abrir o Via Passarela durante o domingo todo. Quanto ao investimento que será feito pelo Passarela, preferiu não revelar. “Existem apenas especulações nas redes sociais”. O presidente da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas), Orlando Bucco, pediu um tempo maior para que os comerciantes sejam ouvidos. “Sonhamos com o desenvolvimento, mas temos que proteger o interesse dos associados”. Já o presidente da ACIHO (Associação Comercial e Industrial), Sérgio Giacometti, defendeu a abertura informando que fez uma pesquisa junto aos associados que foram unanimes pela abertura. “150 mil pessoas que moram ao redor visitam nossas cidades. Não podemos deixar de gerar emprego e renda. Temos que ter essa liberdade. Abre quem quiser”. Aquelino Rodrigues, presidente do Sindicato dos empregados no Comércio de Joaçaba e região, também acredita que o assunto exige uma ampla discussão. “A maioria que trabalha nos supermercados são mulheres e mães. Será que temos estrutura para atender as necessidades delas com creches, transporte coletivo...” e acrescentou: “somos contra não pagar os direitos do trabalhador. Do jeito que está o projeto o domingo será dia normal, vão trocar hora extra por horas normais”, alertou. Vereadores: Alguns vereadores se posicionaram pela aprovação. Tomaz Conrado (Tomate) lembrou que a iniciativa de trazer o Passarela para Herval foi do seu pai (ex-prefeito Paulo Nerceu Conrado) que teve visão empreendedora. “Não somos mais uma província e não podemos admitir que interesses particulares estejam acima do coletivo”. Leonardo Macarello disse que impedir a abertura aos domingos é dar um passo atrás. “Temos que parar de depender de Joaçaba. Vai aumentar a arrecadação, e o município precisa. Hoje não se faz uma obra com recursos próprios”, lamentou. Vanderlei Antunes da Silva questionou. “O que seria das cidades grandes se não tivessem pensado grande?” Davi Frozza se respaldou na Lei federal que diz que não compete ao município legislar sobre a abertura, apenas sobre o horário. “Temos que assegurar a livre iniciativa para que Herval cresça e apareça”. Euclides Fillipini (Clidão) e Patrick Giusti preferiram não se posicionar, afirmando que vão votar de acordo com o que pensam ser o melhor para o município. Everton Parisenti e Adelar Provenci (Kiko) se mostraram contrários. “Muitos fecharam suas portas há seis anos quando o Passarela se instalou aqui, e nos demais as vendas caíram 70%”, argumentou Parisenti. Juarez de Souza que presidiu a sessão e mediou o debate, falou do importante momento democrático e se limitou a dizer que os vereadores não vão cometer injustiças. O presidente do legislativo Gilmar Dri garantiu que conversas devem ser mantidas antes da votação. “Vamos ouvir o Passarela para conhecer o investimento que pretendem fazer”. Porém disse não admitir a desculpa do trabalho aos domingos. “O agricultor também trabalha nos finais de semana, isso ninguém fala. Então arrumem outra desculpa. Temos que pensar em um município grande”, concluiu.
Fonte: caco da rosa