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Ammoc promoveu ato público para discutir traçado da Ferrovia da Integração

Publicado em 16/04/2013 ás16:36

A el aboração de um documento com a participação de todos os municípios, entidades empresariais, comercias, políticas da região Meio Oeste e Oeste para a preservação do traçado original da Ferrovia da Integração foi o ponto decisivo da reunião realizada na noite de sexta-feira (12) em Herval d’Oeste. O Ato Público organizado pela Ammoc reuniu diversas lideranças regionais entre: prefeitos, vereadores, entidades empresariais e comerciais das regiões da Ammoc (Joaçaba), Amplasc (Campos Novos) e Amurc (Curitibanos) e contou com as presenças dos deputados federais Celso Maldaner (PMDB) e Pedro Uczai (PT) presidente da Frente Parlamentar das Ferrovias no Congresso Nacional e do secretário adjunto da Secretaria de Agricultura e Pesca de Santa Catarina Airton Spies na oportunidade representando o secretário de Agricultura João Rodrigues. Marcos Weiss, vice-prefeito de Joaçaba, frisou que o deputado federal Celso Maldaner havia participado de mobilização em Curitibanos referente à ferrovia. “Foi pedido que aquela mobilização também acontecesse pela região do Meio-Oeste Catarinense. Foi procurado então o presidente da Ammoc prefeito de Herval d’Oeste Nelson Guindani, para que junto com as entidades envolvidas esta discussão pudesse ser feita.” O presidente da Comissão Pró – Ferrovia Davi Frozza explicou que esta comissão foi iniciada em fevereiro de 2009 para trabalhar a reativação da ferrovia do Contestado. “Se fala que esta reativação é um ato político, estão errados, já que estamos fazendo este trabalho desde 2009 como expliquei, já havia na época ainda outros movimentos para esta reativação. Brasília acenou com a possibilidade de recursos e então o Norte se pronunciou, isto seria um desastre para nós, que tanto reivindicamos a ferrovia aqui, que seria uma viabilidade para transporte de tudo que se produz.” A presidente da Associação da Região do Contestado (Amurc) prefeita de São Cristovão do Sul Sisi Blind destacou a importância da integração do Estado. “Somos merecedores deste corredor ferroviário. Todas as associações de municípios devem se engajar nesta mobilização.” O presidente da Amplasc prefeito de Zortéa Paulo José Francescki acredita que este é o momento exato para se trabalhar. “Há 4 anos que existe esta mobilização, então que não se diga que é um ato político. Nossa região merece este trecho, entendo ainda o fato de outras regiões quererem a ferrovia, mas é em nossa região que a produção de frango é maior.” O secretário adjunto da Secretaria de Agricultura e Pesca de Santa Catarina Airton Spies salientou que está totalmente empenhado nesta mobilização. “Sem dúvida, quem vai se beneficiar é o setor agropecuário. Temos ainda o grande aumento da produção do leite em nosso Estado e iremos precisar do transporte ferroviário.” O deputado federal Celso Maldaner destacou que além das rodovias no país é necessária a implantação de ferrovias. “Esta rota da Integração é indispensável. Esse movimento vem agregar junto à mobilização realizada em Curitibanos. Não podemos abrir mão deste traçado que irá garantir a exportação por Itajaí. Este encontro realizado hoje é fundamental, parabenizo a rápida mobilização de todos aqui presentes hoje. Em nosso país R$ 91 bilhões serão revertidos para as ferrovias. Não vamos abrir mão da Ferrovia da Integração. Que seja respeitado este traçado, que sem dúvidas irá se tornar realidade.” O presidente da Comissão Parlamentar Mista da Câmara dos Deputados, Pedro Uczai reafirmou que a definição do traçado da ferrovia que ligará o Oeste a Itajaí será dos catarinenses. Se a ferrovia for construída pelo Planalto Norte, ela pode levar o crescimento a uma das regiões menos desenvolvidas do Estado, garantiu. “Ou ela pode cruzar o Vale do Itajaí e favorecer toda uma cadeia de indústrias, como a de alimentos, que receberia seus insumos com custos menores. O transporte com a ferrovia é mais barato e seguro, ainda melhora a situação da rodovia. Com isso, estamos trabalhando no país inteiro para construções de ferrovias. Friso novamente que a ferrovia da Integração é fundamental e irá garantir desenvolvimento em nosso Estado. Defendo o traçado original.” O presidente da Ammoc Nelson Guindani ressaltou que assim como participou efetivamente do movimento pela reativação da Ferrovia da Integração em 2009, estará à frente também das questões que envolvem o traçado. “Vamos nos envolver por mais decisão e buscar a ação para que esse projeto seja colocado em prática, não para dizermos que ganhamos uma ferrovia que passa por Herval d’ Oeste e região, mas para ajudarmos Santa Catarina a evoluir. Guindani destacou a importância da presença de tantas lideranças na mobilização. “Isso comprova a nossa força política, que fará grande diferença em Brasília, precisamos o empenho de todos os deputados para trabalhar em prol da ferrovia, que irá garantir o desenvolvimento de toda nossa região.” O projeto será elaborado pela Valec Engenharia, Construções e Ferrovias e executado pelo 10º Batalhão de Engenharia de Construções (BEC) do Exército Brasileiro, sediado em Lages. As lideranças entendem que a estrada de ferro reforçará a integração territorial, repetindo o papel que a rodovia BR-282 exerceu a partir da década de 1970. Com o transporte de produtos e mercadorias aos portos catarinenses, a ferrovia proporcionará a redução do número de caminhões pesados no sistema rodoviário, diminuindo a poluição, os acidentes e o custo da movimentação de cargas. Por outro lado, aumentará a competitividade dos produtos catarinenses exportáveis, que incluem carnes em geral, grãos, manufaturados etc. Traçado original Se mantiver o traçado original, definido ainda em âmbito de DNIT, o Corredor Ferroviário irá cruzar os municípios de Itajaí, Ilhota, Gaspar, Blumenau, Apiúna, Ibirama, Lontras, Rio do Sul, Laurentino, Rio do Oeste, Mirim Doce, Ponte Alta, Herval d’Oeste, Faxinal dos Guedes, Xanxerê, Xaxim e Chapecó. Atualmente, o projeto está sob a responsabilidade da Empresa de Planejamento e Logística e da Valec, ambas vinculadas ao Ministério dos Transportes.
Fonte: Joce Pereira

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