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Joaçaba

Vereador de Joaçaba diz que município aplicou “calote” na UPA

Publicado em 11/11/2016 ás10:30

Sessão da Câmara de Vereadores

Foto: Sessão da Câmara de Vereadores

Para que a Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24h) de Herval d´Oeste não ficasse com os serviços inviabilizados, os vereadores de Joaçaba aprovaram por unanimidade na noite desta quinta-feira (10) o projeto que prevê o repasse financeiro dos meses de novembro e dezembro, ficando pendente o débito dos quatro meses em que a unidade prestou atendimento ao município.

Antes de aprovar o projeto, os vereadores estiveram reunidos com integrantes da secretaria de saúde de Joaçaba e também com os responsáveis pela UPA, já que haviam duas versões sobre o encerramento do convênio.

Joaçaba alega que a UPA deveria ter solicitado um aditivo ao final do convênio, no mês de junho. Já a administração da UPA mostrou a cláusula do contrato que previa a prorrogação por períodos de 12 meses, até completar 60 meses, e que o pedido de cancelamento se daria com aviso prévio de 30 dias, o que não aconteceu.

Acompanhe como se posicionaram os vereadores:

Vilmar Zilio – “Estamos aprovando para a UPA não perder tudo. Mas ano que vem será uma nova administração, com mais interesse no atendimento aos joaçabenses que são muito bem atendidos”.

Chico Lopes – “É uma irresponsabilidade muito grande ficar quatro meses sem pagar. Isso tem um nome: se chama calote. Se não estivessem satisfeitos deveriam ter rompido o convênio, mas quando não se quer pagar se arruma desculpas. Lamento profundamente o calote que a Prefeitura de Joaçaba está aplicando em Herval d´Oeste e desejo que entrem na justiça para reaver esses recursos já que prestaram o serviço para a população de Joaçaba”.

Divair de Marco – “No momento que se assina um convênio, a responsabilidade é grande, ainda mais quando se trata de saúde. Muitas vezes o prefeito nem sabe o que está acontecendo, pois não quero acreditar que ele se negou a pagar”.

Elói Hoffelder – “Valeu a pena ouvirmos os dois lados, pois sentimos que não ouve o interesse por parte da administração municipal em renovar o convênio. Poderia se perder um mês, mas não os quatro da forma que está acontecendo. Mais uma vez a Casa Legislativa esclareceu os fatos. A administração não está cumprindo porque é término de mandato e não existia essa previsão orçamentária. Infelizmente a UPA vai ficar com a pendência e deve buscar os caminhos para reaver os valores”.

Ademir Righi – “Quando era secretário de saúde alertava o prefeito que o valor de R$ 1,50 por habitante não seria possível naquele momento, pois temos o Pronto Atendimento para manter e seriam despesas duplas. Cheguei a sugerir que poderíamos repassar até mais, se abríssemos mão do Pronto Atendimento, mas a sugestão não foi acatada e o prefeito bancou o repasse, que é justamente o valor que agora está faltando, pois o orçamento não comportava”.

Luiz Vastres – “Vamos aprovar sabendo que ficou um débito, pois novamente a responsabilidade caiu sobre nós. Se não existisse a UPA, teríamos que enfrentar as enormes filas no Hust, por isso não posso entender essa situação. Temos que defender quem dá saúde para nosso povo”.

Almir Pastori – “Gostaria de estar aprovando os seis meses, pois sabemos do excelente serviço que é prestado pela UPA. Poderiam até ter dúvidas em manter o convênio se o trabalho não fosse bom”.

Jucelino Ferraz – “É imperdoável para o município, para o setor da saúde, não ter percebido que teria que fazer o aditivo. Agora chegou-se a conclusão que não tem dinheiro e por isso foi empurrado para novembro, e havia uma torcida para que não aprovássemos para não pagar nada, mas vamos honrar nossa parte”, lamentou o presidente da Câmara de Vereadores, ao mencionar que a LOA (Lei Orçamentária Anual) chegou a Casa sem a previsão de repasse para a UPA em 2017. “Os vereadores observaram e já cobramos que definam os valores, pois precisa estar previsto”.

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