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Região

Treze Tílias fará caminhada nesta sexta para lembrar o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual

Publicado em 16/05/2013 ás14:46

Nest a sexta-feira (17) a secretaria de desenvolvimento social e comunitário de Treze Tílias estará realizando uma mobilização através de uma caminhada, em alusão ao ‘Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes’. Com o slogan ‘Faça Bonito - Proteja nossas crianças e adolescentes – Treze Tílias também faz bonito’, a administração municipal quer chamar a sociedade para assumir a responsabilidade de prevenir e enfrentar o problema da violência sexual praticada contra crianças e adolescentes no Brasil. De acordo com o secretário da pasta, José Carlos Toporoski, o evento terá início às 10h com saída em frente à Escola de Educação Básica São José. O percurso prevê passagem pela Escola Municipal Irma Filomena Rabelo seguindo até a Prefeitura Municipal onde o Prefeito Mauro Dresch recebe o símbolo oficial da campanha, logo após os participantes seguem até a Câmara de Vereadores para pronunciamentos oficiais e realização de atividades. Para o Prefeito de Treze Tílias, Mauro Dresch, o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças a Adolescentes é uma data muito importante, mas que não deve apenas ser lembrada neste dia, e sim em todos os dias, pois segundo dados da UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância), as crianças e os adolescentes são principalmente afetados pela violência, apontando uma estatística desoladora, onde a cada dia, 129 casos de violência psicológica e física, incluindo a sexual, acontecem no mundo. O dia 18 de maio foi instituído Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes pela Lei Federal 9.970/00. Origem da data: Em 1973 um crime bárbaro chocou o Brasil. Seu desfecho escandaloso seria um símbolo de toda a violência que se comete contra as crianças. Com apenas oito anos de idade, Araceli Cabrera Sanches foi sequestrada em 18 de maio de 1973. Ela foi drogada, espancada, estuprada e morta por membros de uma tradicional família capixaba. O caso foi tomando espaço na mídia. Mesmo com o trágico aparecimento de seu corpo, desfigurado por ácido, em uma movimentada rua da cidade de Vitória (ES), poucos foram capazes de denunciar o acontecido. O silêncio da sociedade capixaba acabaria por decretar a impunidade dos criminosos. Os acusados, Paulo Helal e Dante de Brito Michelini, eram conhecidos na cidade pelas festas que promoviam em seus apartamentos e em um lugar, na praia de Canto, chamado Jardim dos Anjos. Também era conhecida a atração que nutriam por drogar e violentar meninas durante as festas. Paulo e Dantinho, como eram mais conhecidos, lideravam um grupo de viciados que costumava percorrer os colégios da cidade em busca de novas vítimas. A capital do estado era uma cidade marcada pela impunidade e pela corrupção. Ao contrário do que se esperava, a família da menina silenciou diante do crime. Sua mãe foi acusada de fornecer a droga para pessoas influentes da região, inclusive para os próprios assassinos. Apesar da cobertura da mídia e do especial empenho de alguns jornalistas, o caso ficou impune. Araceli só foi sepultada três anos depois. Sua morte ainda causa indignação e revolta.
Fonte: Assessoria

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