O se tor produtor de carne suína em Santa Catarina conseguiu alcançar uma grande conquista, a abertura do mercado japonês. O embaixador do Brasil no Japão, Marcos Galvão, na noite de quinta-feira (23), confirmando a liberação da carne suína do Estado ao governador Raimundo Colombo e ao secretário da Agricultura e da Pesca, João Rodrigues, atendendo uma antiga reivindicação catarinense. “Iniciar as exportações para o Japão é mais do que um fator econômico importante para nosso Estado. Será uma grande melhoria social. Nós temos 50 mil famílias criando suínos em Santa Catarina”, disse o governador Raimundo Colombo. Paralelo a essa notícia, Santa Catarina está recebendo essa semana uma comissão técnica de auditoria da União Europeia para finalizar o processo de aprovação de exportação da carne suína para esse bloco econômico. “Isso tudo, graças a erradicação da febre aftosa no Estado e a certificação internacional de livre febre aftosa sem vacinação, único do país”, destaca, o secretário da Agricultura e da Pesca, João Rodrigues. Ele enfatiza ainda que o Japão é a terceira maior economia do mundo, com 128 milhões de habitantes e que importa 60% dos alimentos que consomem, sendo que eles consomem 20 quilos de carne suína/ano enquanto no Brasil é de 15 quilos por ano. cretário lembra que nesta semana foram três boas notícias para o agronegócio catarinense com apoio do Governo do Estado. A primeira foi o reconhecendo a equivalência do Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Governo do Estado, executado pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), que possibilitará que as agroindústrias catarinenses possam comercializar seus produtos para todo Brasil, tendo um selo de garantia de qualidade da sanidade animal. A segunda, foi a redução do ICMS de 12% para 2% por 30 dias para venda de suínos vivos para outros estados, e agora essa conquista internacional que vem sendo reivindicada há mais de 50 anos. Em 2012, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, o Japão comprou 1,2 milhão de toneladas de carne de porco, principalmente americana. A abertura de um mercado desse porte, estima o secretário da Agricultura e da Pesca, pode somar no longo prazo 350 mil toneladas por ano às exportações do Brasil, que foram de 581.477 toneladas em 2012, crescimento de 12,60% em quantidade e de 4,21% em valor, em relação a 2011. João Rodrigues destaca que Santa Catarina investe há cinco décadas em procedimentos que garantam a saúde dos rebanhos animais catarinenses e a qualidade da carne que produzem. Na fronteira com a Argentina e nos limites com os estados do Paraná e Rio Grande do Sul, o Estado mantém 67 barreiras de fiscalização sanitária, que funcionam durante 24 horas. Cada animal de todo o rebanho de bovinos estadual tem identificação individual e rastreabilidade garantida. “São 20 anos sem um foco de febre aftosa no Estado”, explicou. A China é o maior produtor mundial de carne suína, com 48,9%. O Brasil é o quarto maior produtor (3,2%), atrás também da União Europeia (22,3%) e Estados Unidos (10,2%). Apesar de estar distante do terceiro colocado em volume de produção, o Brasil tem aumentado seus números de forma acelerada. De 2004 a 2012, a produção de carne suína no país cresceu 148%. Esse processo foi capitaneado por Santa Catarina, o maior produtor e exportador desse tipo de carne no país. Em janeiro deste ano, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos reconheceu o serviço brasileiro de inspeção de carne suína e autorizou a habilitação de frigoríficos de Santa Catarina para exportação de carne suína para o país. A abertura dos mercados americano e japonês representa mais um aval para a qualidade da carne e para o status sanitário catarinense.
Fonte: Assessoria