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Publicado em 15/05/2019 ás17:00
Os vereadores da bancada do PSD, João Marqueze, Léo Mascarello e Adilson Teixeira, apresentaram um requerimento nesta semana solicitando o encaminhamento de ofício ao Poder Executivo Municipal, para que por meio da Secretaria Municipal de Saúde, intensifique as ações de combate e controle ao mosquito da dengue no município.
João lembrou que o Setor de Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde encontrou duas larvas positivas para o mosquito transmissor do Aedes Aegypti durante o trabalho de rotina em uma região próxima aos bairros São Jorge e Jardim José Rupp. “A equipe está fazendo uma delimitação de foco num raio de 300 metros, partindo de onde foram encontradas as larvas. Neste raio, que compreende as ruas Santa Catarina, Senador Euzébio, Carlos Gomes, 1º de janeiro, São Sebastião, Daniel Ghiggi e Senhor Bom Jesus, todos os imóveis terão que ser inspecionados e se for necessário o município deve remanejar mais servidores para que seja feito um trabalho mais rigoroso”.
O vereador Adilson Teixeira (Seco) relatou que a Vigilância Ambiental está orientando os moradores a verificar e eliminar em suas residências tudo que possa acumular água, principalmente em calhas, vasos de flores, caixas d’ água e ralos, além de dar o destino correto para o lixo que produz. “A população precisa fazer a sua parte para evitarmos propagação de focos”.
Já o vereador Léo Mascarello destacou que é uma questão de saúde pública, pois não existem medidas de controle específicas para o ser humano, já que não existe nenhuma vacina ou droga antiviral. “O único jeito de prevenir a doença é o combate ao mosquito da dengue, por isso, é fundamental manter o domicílio sempre limpo e atentar ao acúmulo de água em locais abertos, evitando assim a proliferação de mosquitos”.
Dengue
A transmissão acontece pela picada da fêmea do mosquito Aedes Aegypti, que pode ingerir o vírus ao picar uma pessoa infectada. Depois do período de incubação, esse vírus pode ser transmitido para outras pessoas que forem picadas pelo mesmo inseto. O vírus da dengue não é transmissível de uma pessoa para outra, a não ser em casos de "transmissão vertical" (da gestante para o bebê, ou por transfusão sanguínea).
Sintomas e evolução da doença
A dengue pode variar desde uma doença assintomática (ou seja, sem manifestação de sintomas), até quadros graves com hemorragia e choque, podendo causar morte. Normalmente, o primeiro sintoma da dengue é a febre alta (39° a 40°C) de início repentino, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos e erupções cutâneas. Também é comum ocorrerem náuseas e vômitos, que resultam em perda de peso. Nessa fase febril, é difícil diferenciar a doença de outras enfermidades. Por isso, é importante consultar um médico em caso de suspeita. No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evoluem para a recuperação e cura da doença. Porém, algumas situações podem evoluir para as formas mais graves da doença, apresentado os seguintes sinais de alarme:
• Dor abdominal intensa e contínua, ou dor quando o abdome é tocado;
• Vômitos persistentes;
• Acúmulo de líquidos;
• Sangramento de mucosas (principalmente nariz e gengivas);
• Letargia (perda de sensibilidade e movimentos) ou irritabilidade;
• Hipotensão postural (tontura e queda de pressão em determinadas posições);
• Hepatomegalia (aumento do fígado) maior do que 2 cm;
• Aumento progressivo do hematócrito (porcentagem de glóbulos vermelhos ou hemácias no sangue).
Nos casos mais graves, esses sintomas resultam em choque, que acontece quando um volume crítico de plasma é perdido. Os sinais desse estado são pulso rápido e fraco, diminuição da pressão, extremidades frias, pele pegajosa e agitação. Alguns pacientes podem ainda apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade. O choque tem duração curta, e pode levar ao óbito em 12 a 24 horas, ou à recuperação rápida, após terapia antichoque apropriada.
Tratamento
Independente do estágio da doença, é preciso procurar a orientação de um médico, que pode recomendar um acompanhamento ambulatorial nos casos mais simples, até encaminhar o paciente para internação em unidade de terapia intensiva nas ocorrências mais graves.
Como não existem medicamentos específicos para combater o vírus, nos casos de menor gravidade, quando não há sinais de alarme, a recomendação é fazer repouso e ingerir bastante líquido, como água, sucos, soro caseiro ou água de coco.
Em caso de surtos, roupas que minimizem a exposição da pele podem proteger contra as picadas do inseto, assim como mosquiteiros e telas para janelas e portas. Repelentes também podem ajudar, desde que usados conforme as instruções do rótulo.
Os inseticidas domésticos também são ótimos aliados para evitar as picadas dos mosquitos em ambientes fechados. Eles podem ser encontrados nas versões aerossol, espiral ou vaporizador.
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