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Joaçaba

Médicos nas ruas contra medidas do governo

Publicado em 31/07/2013 ás12:47

O manifesto dos médicos que acontece em todo o país nesta quarta-feira (31), reuniu cerca de 300 pessoas, entre profissionais e acadêmicos de medicina em Joaçaba. A concentração iniciou às 09h30 na Praça Adolfo Konder de onde os médicos seguiram em passeata até a emergência do Hust - Hospital Universitário Santa Terezinha. Durante o percurso, além do carro de som, panfletos foram entregues a população explicando os motivos da paralisação das atividades.

Segundo Dr. Paulo Albuquerque, presidente do SIMESC (Sindicato dos Médicos de Santa Catarina) na região de Joaçaba, o protesto tem finalidade de mostrar o repúdio da classe contra as medidas tomadas pelo governo federal, dentre elas, o Programa Mais Médicos que pretende trazer profissionais de outros países sem a realização do exame Revalida SIM e, que aumenta em mais 02 anos o curso de medicina. O manifesto também se posiciona contra a lei do Ato Médico que permite que outros profissionais da saúde possam diagnosticar pacientes.

“Todo o país do mundo exige esse exame que no Brasil é chamado de Revalida SIM. Até agora apenas 8% dos médicos estrangeiros conseguiram aprovação, ou seja, 92% reprovam por falta de qualificação técnica, e o governo ao dispensar este exame quer entregar a população à esse número que não tem qualificação e conhecimento técnico para exercer a medicina” justificou Dr. Paulo.

A extensão em mais dois anos no curso de medicina é qualificado como medida eleitoreira pelo presidente do SIMESC. “Mão de obra gratuita e escravagismo”, resumiu. “O curso é o mais longo dos cursos superiores. No último ano o aluno enfrenta longas horas de estágio trabalhando junto à população carente. Com 08 anos de duração e mais a especialização, o curso levará mais ou menos 13 anos. Nenhum pai tem condições de sustentar o filho durante todo este tempo. Haverá uma carência de especialistas no futuro”, apontou.

Dr. Paulo disse ainda que é um erro dizer que não tem médicos no Brasil. “A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda 01 médico para cada mil habitantes, no Brasil temos 02 médicos para cada mil. No Rio de Janeiro tem 4,5 médicos para cada mil habitantes e a saúde de lá todos sabem como está”, argumentou. Para ele, o problema é estrutural e não pela falta de profissionais, pois mesmo em Joaçaba considerado um centro de excelência em medicina, os problemas são visíveis. “Tenta internar um paciente na UTI para ver a fila de espera que tem. Entre no Hust e veja quantos pacientes estão em macas esperando por atendimento nos corredores. Portanto, só médico não vai resolver isso. Médico não se transforma em soro, em leito, e não apressa exames”, concluiu.

Atendimento:

De acordo com o presidente do sindicato, a paralisação no atendimento nesta quarta-feira prejudicou apenas pacientes que precisam de atendimento eletivo em consultórios e postos de saúde. Os atendimentos nos setores de urgência e emergência em toda a região seguem normalmente, bem como os tratamentos que não podem sofrer descontinuidade como quimioterapia, hemodiálise, etc.

 

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