Aman
da estava saindo do trabalho para almoçar (com apenas 15 anos precisa ajudar no sustento da casa), quando por volta das 12h30 de ontem, a cerca de 100 metros do trabalho, foi carregada por três homens para dentro de um carro de cor branca. “Eles me levaram para o meio do mato. Dois me seguraram e um fez isso comigo, me estuprou”.
As calças sujas de terra, o esmalte descascado e os olhos vermelhos mostravam o nervosismo e do estado de choque da jovem. Por volta das 21h quando da conversou com o Diário do Iguaçú, ela já havia realizado o exame de corpo delito, que comprovou o estupro, e havia terminado o depoimento na Central de Polícia Civil.
A poucos metros dali, em uma cela da Delegacia, estava preso o principal suspeito do crime. Um homem de 25 anos, que apresentava arranhões nos braços e no rosto, e que preferiu ficar calado em depoimento à Polícia Civil. Apesar de ter sido autuado em flagrante pelo crime de estupro, apenas suas iniciais foram divulgadas em respeito a esposa e a filha de poucos meses: V. R. Os outros dois suspeitos ainda não foram identificados.
Motivação
Segundo da, o homem passava em frente a sua casa e seu trabalho praticamente todos os dias há cerca de três meses. “Ele ficava me chamando para conversar e ficava me incomodando. No sábado, ele parou no meu trabalho e ficou me chamando. Eu anotei o telefone da empresa que ele trabalha, que estava escrito no carro e liguei para o chefe dele e contei o que ele fazia. Acho que foi por isso que ele fez isso comigo”, conta a jovem.
Buscas
Depois de ser estuprada da foi abandonada no contorno Viário Oeste, perto da avenida Attílio Fontana, no bairro Efapi. De lá, pediu ajuda e foi para o trabalho. Foram os colegas que chamaram a Polícia Militar.
A partir das informações repassadas pela jovem, as viaturas da PM foram até a empresa onde o acusado trabalha. Em seguida, conseguiram localizá-lo em Caxambú do Sul. “Primeiro encontramos ela toda suja, com sangue nas mãos e em choque. Depois, fomos atrás do suspeito. Quando o encontramos, ele estava com o rosto e os braços machucados. O procedimento foi prendê-lo e levar até a Delegacia para registrar o fato”, relatou o sargento Externo, Cleomar Lanzarin.
O caso ficou sob responsabilidade da Polícia Civil e o delegado Elio Natal decidiu autua-lo em flagrante delito. A jovem realizou o exame de corpo delito e precisou tomar a pílula do dia seguinte, para evitar uma gravidez, e começou ainda ontem a tomar um coquetel contra doenças sexualmente transmissíveis, procedimento padrão para vítimas de estupro.
Pena
De acordo com o artigo 213 do Código Penal, o estupro é “constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso”. A pena é de reclusão de seis a dez anos. Se a vítima for menor de 18 anos e maior de 14 anos, a reclusão aumenta de oito para 12 anos.
Fonte: RedeComSC