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Publicado em 16/12/2013 ás22:30
Junior Piovesan foi condenado pelo conselho de sentença do tribunal do júri popular, a 14 anos de reclusão em regime fechado pela morte da estudante universitária Kátia Bessegatto. O julgamento que iniciou às 09 da manhã se estendeu até às 20h desta segunda-feira (16). De acordo com o juiz de direito Luciano Fernandes, que presidiu o julgamento, os debates foram acalorados, mas dentro da expectativa para uma ocasião como essa. “Para nossa sorte tanto a defesa, quanto a acusação, agiram com muita cordialidade e foram extremamente combatíveis” resumiu o magistrado que informou que a defesa recorreu da decisão em plenário, e assim o réu poderá aguardar o processo em liberdade. “Agora vai depender da dinâmica dos tribunais para que se possa ter um trânsito em julgado, ou seja, quando a sentença se torna imutável e inicia-se o cumprimento da pena com a expedição do mandado de prisão”, explicou o juiz.
O promotor Elias Albino de Medeiros que atuou na acusação ficou satisfeito com a decisão dos jurados. “Tive a oportunidade de mostrar as provas dos altos e eles entenderam que ele cometeu o homicídio” disse. O representante do Ministério Público também explicou que Junior continuará em liberdade por não haver a necessidade de prisão preventiva. “Não ficou comprovado que ele tenha coagito testemunhas ou atrapalhado o andamento do processo, então ele deve permanecer respondendo em liberdade”.
O advogado de defesa Éber Bündchen que recorreu em plenário, pretende anular o júri por acreditar que o julgamento foi tendencioso, pois segundo ele, os jurados tiveram influência externa. “Iremos apresentar isso nas razões do recurso da apelação, demonstrando que houve imparcialidade e a decisão foi contrária às provas dos altos” defendeu. “Vamos aguardar a resposta do Tribunal de Justiça e se preciso for, vamos ao Supremo para anular o julgamento diante da divergência” ressaltou, informando que pediu em plenário a impugnação da reconstituição do crime. “Nosso pedido não foi acatado pelo magistrado que atendeu mais uma vez apenas o interesse do Ministério Público” reclamou.
Conforme Éber, caso a defesa consiga a nulidade do júri, vai pedir para que o novo julgamento não aconteça em Joaçaba para não sofrer influencia externa.
Após a decisão do júri, Nadir Bessegatto, mãe da vítima, respirou aliviada. “Graças a Deus ele vai pagar pelo que fez. O que ele merecia é estar atrás das grades e não aqui se fazendo, esse assassino” desabafou chorando.
O crime
O crime ocorreu na Rua Ângelo Scarpetta, bairro Cruzeiro do Sul em Joaçaba. Piovesan e a vítima namoravam por cerca de nove anos e moravam juntos. A estudante, então com 23 anos, foi morta na porta de casa. O namorado foi quem chamou a Polícia alegando ter encontrado Kátia morta. Ele foi preso preventivamente quase um mês depois do crime em São João da Urtiga, Norte do Rio Grande do Sul.
Junior ficou detido por aproximadamente 60 dias e respondeu ao processo em liberdade por homicídio triplamente qualificado, por motivo fútil, meio cruel e que dificultou a defesa da vítima.
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