A Polícia Civil de Ibicaré pôs fim nesta quarta-feira (19) ao mistério em torno do surgimento de um caixão abandonado com vestimentas no cemitério do município. O caixão encontrado na terça-feira intrigou a polícia e a comunidade local, pois não se descartava a hipótese de violação de túmulos ou até mesmo ritual de magia negra.

No entanto, de acordo como policial Renato Weiss, responsável pela delegacia de Ibicaré, no local foi sepultado o corpo da professora Edete Giacomelli, encontrada morta em seu apartamento em Fraiburgo no dia 26 de janeiro. Como a família dela é de Ibicaré, o corpo foi sepultado no túmulo dos pais.

“Ocorre que ao abrir o túmulo, pedreiros terceirizados constataram a existência de um caixão parcialmente danificado pelo transcurso do tempo. Como é de costume, os ossos da pessoa já sepultada foram transferidos para um saco apropriado e armazenados no mesmo túmulo, para que pudesse dar espaço ao novo sepulcro, porém, com a transferência o caixão foi depositado aos fundos do cemitério, sendo encontrado apenas ontem”, esclareceu Weiss.

Com o episódio, a Polícia Civil tomou conhecimento de uma prática inapropriada realizada por pedreiros terceirizados no cemitério municipal, que é a destinação imprópria dos caixões. “Não compactuamos com tal atividade, pois é uma atitude que afronta o princípio do respeito aos mortos, aos entes queridos, familiares e à moral humana”, alertou o responsável pela delegacia.

Assim que for formalizada a conclusão da investigação, a polícia poderá instaurar procedimento contra os responsáveis pela prática.