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Região

Réus são condenados a 124 anos de prisão pela morte de policial militar

Publicado em 30/10/2024 ás21:30

NCI/TJSC

Foto: NCI/TJSC

O Tribunal do Júri da comarca de Tangará se reuniu por três dias para julgar oito réus — Angelica Pedroso Davila, Aldair Henrique de Souza Dalabrida, Pedro Paulo Camargo Silva, Daniel Ribeiro Galvão, Deivid Roberto Andrade, Diuli Carine de Moraes, Jonathan Henrique Veiga Ribeiro e Ricardo da Costa — acusados pela morte do policial militar Marcos Alberto Burzanello, ocorrida em 3 de dezembro de 2022. As sessões foram realizadas no Clube Rio Bonitense e contaram com a presença de um público significativo.

Na tarde desta quarta-feira (30), a sentença foi lida, condenando o grupo a um total de 124 anos e três meses de reclusão. O caso, que ganhou destaque na época e nos últimos dias, ocorreu no centro de Tangará. Segundo a denúncia, a vítima estava de folga e tentou evitar uma briga em uma casa noturna. Ao ser cercado pelo grupo, o policial foi agredido com chutes, socos, pedras e uma garrafa de vidro na cabeça. Um disparo de arma de fogo atingiu sua perna esquerda, ferindo a veia femoral.

Durante os três dias de júri popular, as evidências foram apresentadas. O primeiro dia foi dedicado aos depoimentos das testemunhas, das quais cinco foram dispensadas. As duas rés foram interrogadas nesse dia, enquanto os seis homens prestaram depoimento no dia seguinte.

Nos dois últimos dias, os defensores dos réus apresentaram suas versões sobre os acontecimentos, sem réplicas ou tréplicas. Após a leitura dos quesitos, os jurados decidiram o destino de cada réu. Pelo homicídio qualificado — motivado por futilidade, meio cruel e contra um policial militar em exercício da função — os acusados foram considerados culpados e receberam penas individuais de 22 anos, 19 anos e cinco meses, e quatro réus foram sentenciados a 18 anos de reclusão, todos em regime fechado. Outros dois réus, por lesão corporal seguida de morte, foram condenados a 5 anos e 4 meses de reclusão em regime semiaberto. A sentença é passível de recurso e o processo tramita em segredo de justiça.

Sessão histórica

O juiz Flávio Luís Dall’Antônio, que presidiu a sessão, elogiou a atuação exemplar de todos os envolvidos no julgamento. Ele destacou a dedicação do Ministério Público e dos advogados de defesa, enfatizando a importância da participação da sociedade, representada pelos sete jurados. O magistrado também agradeceu aos servidores do Poder Judiciário e aos policiais penais e militares que garantiram a segurança e a ordem durante o julgamento.

Fonte: NCI/TJSC

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