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Publicado em 30/05/2014 ás22:30
A eleição da nova diretoria da Liesjho (Liga Independente das Escolas de Samba de Joaçaba e Herval d´Oeste) começou conturbada nesta sexta-feira (30). O processo aconteceu a portas fechadas na sede da instituição, sem que a imprensa pudesse acompanhar, além de discussões acaloradas em torno do estatuto.
O diretor de harmonia da Acadêmicos da Grande Vale, Carlos Alberto de Pelegrin (Preto), compareceu mesmo sem ser convidado para exigir que a escola faça parte da liga por ter cumprido o estatuto, ao desfilar dois anos como convidada. “A Liga age como se não existíssemos, ou melhor, não querem que a gente faça parte”, reclamou Preto ao sair da sala. Segundo ele, o regulamento é claro, após dois desfiles a escola automaticamente deveria estar filiada. “Essa eleição não deveria estar acontecendo, pois duas escolas não tem diretoria formada”, contestou o diretor ao se referir a Unidos do Herval e Vale Samba que ainda não elegeram suas diretorias.
Adair Ceron, que faz parte do conselho fiscal, pediu para que a reunião fosse suspensa. Ele afirma que o estatuto, tanto das escolas, como da liga, prevê a prestação de contas e eleição, 30 dias após o carnaval. “Estão colocando a carroça na frente dois bois”, disse Ceron. “Primeiro as escolas deveriam definir suas diretorias para depois montar a nova composição da Liga”, defendeu Ceron abandonando a reunião. “Vou buscar meus direitos. Não podemos ficar nas mãos de algumas pessoas que estão ditando regras e fazendo o que bem entendem. Temos um estatuto que deve ser respeitado”..
Apesar dos conflitos iniciais, a nova diretoria da Liga foi composta em consenso entre os representantes das três agremiações filiadas. Sérgio Giacometti que assumiu a presidência com a renúncia de Felipe D´Agostini, após o carnaval de 2013, permanece a frente da instituição. De acordo com ele, era a vez da Unidos do Herval indicar o presidente e seu nome foi apontado pelos integrantes da escola hervalense.
Giacometti justificou que a demora na prestação de contas e eleição da Liga se deve ao atraso na liberação dos recursos. “Tivemos contratempos e todos são sabedores. Primeiro se salda as dívidas com os fornecedores, para depois fazer a prestação de contas e consequentemente a eleição”, disse ao rebater as afirmações dos descontentes. “Hoje era dia de eleição e todos tiveram oportunidades, mas não aparecem e daí querem vir tumultuar o processo”, disparou.
O presidente da liga comentou que a situação da Acadêmicos será discutida com as escolas filiadas na próxima semana. “Precisamos sentar e ver o que diz o estatuto. Vamos conversar com os demais para chegar a um consenso de como inseri-los na liga. Eles fazem parte do processo”, ressaltou ao comentar que agora vai traçar metas para os próximos dois anos. “Precisamos correr atrás dos recursos, seja do governo ou iniciativa privada, para promover mais um belo espetáculo juntamente com as escolas. É hora de olhar para frente”, finalizou.
Diretoria eleita:
Presidente: Sérgio Giacometti
Vice-presidente: Jairo André de Sá Júnior
Tesoureiro: Orestes Pasquali
Diretores serão nomeados posteriormente pelo presidente na forma do estatuto.
Conselho Deliberativo
Acásio Ysao Yamagutti, Sandro José Camargo e Jéssica Novello (Aliança)
Neocindo Trevisan, Ricardo Nodari e Marcos Giacometti (Unidos do Herval)
Gilmar Bonamigo, Suzana Paludo e Elanderson Correia (Vale Samba)
Conselho Fiscal
Yeda Lazarotto, Janiana Giusti e Luis Carlos Cechetti (Aliança)
Adriane Franchini, Vilmar Spessato e Marlene Rossoni (Unidos do Herval)
Hermes Bersagui, Valdir Cortina e José Luiz Parizotto (Vale Samba)
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