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Previsão do Tempo 29/11/2023 | 05:29
Publicado em 14 de Junho de 2014 às20h00
A morte de um uma criança no Hospital Universitário Santa Terezinha neste sábado (14) acabou em agressão física. Um médico levou dois socos no rosto após informar que o bebê estava morto na barriga da mãe, uma adolescente de 16 anos. O agressor, irmão da jovem, deixou o hospital antes da chegada da Polícia Militar. O plantonista registrou um BO (Boletim de Ocorrência) por agressão e ameaça de morte na delegacia de Joaçaba.
A adolescente E.T.O.P, que estava com 39 semanas de gestação, afirma que chegou ao hospital na noite da última quinta-feira (12) com dores e dilatação. De acordo com a jovem, o parto normal estava marcado para a sexta-feira (13), no entanto, o plantonista disse que ainda não era o momento. Ela foi medicada com uma injeção, tomou soro e ficou em observação até a manhã do dia seguinte, quando foi liberada por outro plantonista. A gestante contou ainda que não sentiu mais a criança mexer, mas como o obstetra recomendou que o bebê se mexeria de 6 em 6 horas, aguardou até este sábado, quando retornou ao hospital por volta das 14h30min. “Quem atendeu foi o mesmo obstetra que me medicou na quinta. Depois dos exames ele informou que infelizmente meu filho havia morrido”, disse ela com lágrimas nos olhos. “Estou triste e revoltada. Fiquei nove meses segurando ele”, emendou aos prantos. A adolescente com o marido, já havia escolhido o nome da criança. Ele se chamaria Kayan.
Os pais da jovem, Sirlei Aparecida de Oliveira e Juvenil de Pinheiro, estão revoltados com o caso. Juvenil mostrou o pré-natal com a última consulta do dia 13. “Os batimentos cardíacos da criança estavam normais”, apontou ele (foto abaixo). Eles acreditam que houve negligência médica e prometem buscar seus direitos na justiça. “Precisamos de um bom advogado que encare esta causa para que isso não aconteça com outras pessoas”, disseram. Conforme os pais, o médico alegou que a gestante tem diabetes, o que pode ter ocasionado a morte do neném. “Mas como que essa doença não apareceu no pré-natal?”, questionaram. O pré-natal foi realizado no ESF do bairro Vila Pedrini. A família reside na Vila Cordazzo.
Até às 20h deste sábado, o parto ainda não havia sido realizado. O médico que assumiu o plantão informou a família que vai tentar fazer parto normal. “Como a gente é pobre e não tem dinheiro, temos que esperar a vontade deles”, finalizou Sirlei.
Contraponto
O médico obstetra informou por telefone não saber a causa do óbito fetal. Ele disse estar tranquilo, pois adotou o procedimento correto. “Ela estava com 39 semanas e seis dias, sentindo dores, mas ainda não estava em trabalho de parto”, contestou. Segundo ele, a data agendada é uma data provável, pois a gestação pode chegar até a 42ª semana.
Questionado sobre o medicamento, o obstetra disse que injetou Buscopan, remédio para cólicas.
O nome do profissional médico não será revelado para evitar pré-julgamento.
Direção
A direção do Hust não foi encontrada para comentar o ocorrido. No hospital informaram que o diretor Adegar Bittencourt, encontrasse em viagem. Os dois telefones celulares do gerente operacional, Anderson Bezerra da Silva, caíram na caixa postal.
Assista abaixo a entrevista com os pais da jovem:
Policiais constataram que a jovem estava em surto e chamaram o SAMU para medicá-la e fazer o encaminhamento médico
Uma guarnição da Polícia Militar realizava patrulhamento no bairro por volta das 23h30min, quando avistou o veículo parado
De acordo com a última aferição, realizada às 20h desta sexta-feira (17), o nível do Rio do Peixe estava em 7,16 metros
Jakson Paulo Cardoso da Silva Guedes foi encontrado pela Polícia militar morto dentro do carro com um tiro de espingarda
Irmão da vítima acionou os Bombeiros por volta das 14h50 da quinta-feira (9), após o homem adentrar no rio e não ser mais visto
A ação contou com o apoio do Pelotão de Patrulhamento Tático da PM e de policiais civis de Erval Velho, Luzerna e Joaçaba
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