Os professores da rede municipal de ensino de Joaçaba rejeitaram a proposta de reajuste salarial enviada a toque de caixa pela administração municipal. A decisão foi tomada em assembleia realizada na noite desta quinta-feira (04), que contou com cerca de 170 profissionais da educação, entre efetivos e ACTs (Admitidos em Caráter Temporário).

De acordo com o presidente da FETRAM (Federação dos Trabalhadores Municipais de Santa Catarina), Lizeu Mazzioni, a administração, através da secretaria de educação, encaminhou proposta nesta quinta-feira acenando com um reajuste de 23 a 25%, em forma de regência de classe, o que não seria incorporado nos vencimentos dos professores. Pela proposta, este aumento será concedido a partir de janeiro de 2015, acrescentando R$ 1,4 milhão na folha de pagamento. “O importante é que estamos avançando”, destacou Lizeu.

Os professores aceitam que o aumento seja repassado a partir do próximo ano, e que os ACTs, independente da titularização, recebam apenas como graduados. No entanto, não abrem mão da proposta construída pela categoria junto com a federação e o sindicato, que altera o plano de cargos e salários com os seguintes reajustes: piso nacional (R$ 1.697,00) ao professor com magistério, 40% sobre este valor aos que possuem graduação (R$ 2.375,00), mais 20% para os pós-graduados (R$ 2.850,00), 20% mestrado (R$ 3.421,00) e 20% doutorado (R$ 4.105,00).

A posição da categoria será apresentada pelo presidente do SITESPM (Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal), Jorge Luiz da Rosa, nesta sexta-feira para o prefeito Rafael Laske e o secretário de educação José Junqueira de Carvalho. “Se fizermos um estudo com a administração vamos conseguir avançar e até atender o que a categoria está solicitando”, acredita o presidente. Conforme Jorginho, se não houver avanço, o primeiro passo será um manifesto durante o desfile cívico do dia 07 de setembro. “Vamos trazer a resposta da administração e apresentar a todos em mais uma assembleia nesta sexta. Eles é que vão decidir os encaminhamentos”, ressaltou ao dizer que a greve não está descartada. “É uma negociação que se arrasta desde o início de 2013, mas que chegou a um ponto que tem que se resolver, pois os professores de Joaçaba não podem mais ter os piores salários da região”, concluiu o presidente do sindicato surpreso com a participação dos professores na assembleia.