A constante falta d´água e a ausência de ações efetivas da Casan para sanar os problemas levaram o prefeito de Videira - Wilmar Carelli, a mais uma vez se reunir com o presidente da estatal para cobrar soluções emergenciais. O encontro entre Carelli e o presidente da Casan - Valter Galina, aconteceu na última quinta-feira (29), em Florianópolis e foi pautada por um clima pouco amistoso e de cobranças enérgicas, por parte do prefeito. Ao presidente da Casan, Carelli relatou o drama vivido por centenas de famílias videirenses, que vem sofrendo com a falta d´água neste verão e, também apresentou uma série de reportagens veiculadas em jornais, sites e rádios, bem como o depoimento de videirenses em redes sociais, relatando diariamente o problema.

“Há meses viemos mantendo contato, participando de reuniões e recebendo uma série de promessas, por parte da Casan, para solucionar essa questão de falta d´água, no entanto, pouca coisa foi feita. Agora, com a interferência do Ministério Público, por meio da promotora Maria Regina Lakus Forlin, que entrou com uma Ação Civil Pública contra a Casan, ganhamos força para reforçar a gravidade da situação e pleitearmos investimentos em nossa cidade”, disse Carelli.

Casan assegurou investimentos imediatos à Carelli

Depois de explanar a gravidade da situação em alguns bairros de Videira, Carelli ouviu do presidente da Casan - Valter Galina, as principais ações que a estatal pretende implementar na cidade, nos próximos meses. Entre elas está a perfuração de um poço profundo junto ao reservatório de 1 milhão de litros que fica localizado ao lado do Parque da Uva, no bairro Universitário. Segundo os técnicos, este reservatório raramente enche, devido ao alto consumo de água na região, e esta, seria uma obra de rápida execução e de grande impacto para o sistema de abastecimento.

Outro investimento anunciado pela Casan é a construção de uma nova Estação de Tratamento de Água (ETA), na localidade da Granja Invernada, em um terreno da BRF, que já emitiu autorização para tal fim. Esta obra captará água no Rio XV, com capacidade de 30 litros por segundo, o que aumentará significativamente o volume de água que poderá ser disponibilizado à população. Ao prefeito, Galina também apontou a substituição imediata de duas bombas que tem capacidade de cerca de 140 litros por segundo e, que hoje operam no limite, por bombas com capacidade de 160 litros por segundo. Uma terceira bomba para ficar na reserva também será enviada ao município, já que um dos pontos críticos na falta de abastecimento é quando as bombas apresentam problema e sem ter substitutas acabam comprometendo  seriamente o sistema.