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Polícia

Polícia reconstitui morte de jovem em Capinzal

Publicado em 13/06/2015 ás10:30

Rádio Capinzal

Foto: Rádio Capinzal

A Polícia Civil de Capinzal realizou na noite da quinta-feira (11) a reprodução simulada do assassinato do pintor Elton Jhon Lopes dos Santos, de 22 anos, morto a tiros na madrugada do domingo (07) em frente a um Clube no Acesso Cidade Alta. O trabalho teve início às 19h e encerrou às 23h.

Ao longo de quatro horas, o perito Alexandre Tobouti, do Instituto Geral de Perícias (IGP) de Joaçaba, e agentes da Polícia Civil, reconstituíram com testemunhas e o suspeito do crime, Diego de Amaral Almeida, de 26 anos, o momento do crime.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, André Cembranelli, o trabalho mostrou como teria ocorrido o homicídio, com o investigado alegando que atirou contra a vítima por legítima defesa, já que segundo ele, havia sofrido ameaça. “Como é um crime contra vida e existe a possibilidade do autor dos fatos ir para júri popular, o laudo pericial da reprodução simulada trás detalhes importantes para o inquérito policial, e também uma futura ação penal”, destacou Cembranelli.

Segundo o perito Alexandre Tobouti, muitas controvérsias foram constatadas nas sete versões apresentadas. Entre elas, no que diz respeito à distância em que estava a vítima e o autor do crime, sendo que algumas das testemunhas informaram que a distância entre os envolvidos era de cerca de um metro. Diego, por sua vez, afirmou que estava mais distante, da mesma forma que disse um amigo dele que também participou da simulação.

“Obtivemos elementos suficientes para esclarecer os fatos e apontar quem está falando a verdade. Acreditamos que o laudo completo seja entregue em duas semanas”, disse Tobouti.  

Conforme o delegado, o suspeito responde o inquérito em liberdade, já que não houve o flagrante do crime e está colaborando com as investigações. Diego se apresentou a polícia, na companhia de um advogado, na tarde da segunda-feira (09).

Versão do autor

De acordo com Diego, ele e um amigo estavam na frente do clube, quando avistaram a vítima na companhia de dois jovens comprando ingressos. Um amigo de Elton, conhecido por Rapozão, teria lhe encarado de maneira provocante, por isso foi até o carro onde apanhou o revólver, calibre 38, e, sem que ninguém percebesse colocou na cintura. Ao retornar para frente do clube, viu que Elton ficou por último, e no momento que estava sendo revistado para entrar na festa, colocou a mão direita na cintura dizendo que ele iria morrer. De imediato, Diego sacou da arma e disparou três vezes. Um dos tiros atingiu a altura do peito, na clavícula no lado direito e saiu na axila no lado esquerdo, perfurando o pulmão e a outra bala acertou a região abdominal da vítima.

Após cometer o crime Diego saiu correndo em direção ao seu carro, que estava em um acostamento próximo, e antes mesmo de entrar no veículo jogou a arma em um terreno ao lado do clube, se evadindo na sequência.

Fonte: Rádio Capinzal

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