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Previsão do Tempo 03/10/2024 | 23:58
Publicado em 26/06/2015 ás19:00
O promotor de justiça Protásio Campos Neto, responsável pela acusação, pediu a absolvição do réu Rafael de Andrade, 31 anos, acusado de tentar matar Geovane Severo Gomes, 22 anos, com dois tiros no dia 10 de abril de 2014 no bairro Santa Tereza, em Joaçaba. O julgamento, que iniciou as 09h, foi bastante rápido e terminou por volta das 13h desta sexta-feira (26).
“A solução encontrada pelos jurados de legítima defesa, tecnicamente é cabível, pois as duas partes se enfrentaram”, justificou o promotor que não encontrou elementos para pedir a condenação do réu. “Não concordo com o que ele fez, e não recomendo que as pessoas busquem solucionar os problemas com as próprias mãos”, defendeu Protásio sobre o crime.
De acordo com o inquérito policial, os jovens possuíam uma rixa, e naquele dia Geovane e seu primo estavam em uma moto de trilha, embriagados e ameaçando pessoas com uma arma de fogo. Eles saíram de um bar em Herval d´Oeste dizendo que iriam incomodar Rafael, e foram até sua casa onde fizeram ameaças e xingamentos racistas. Não satisfeitos, retornaram e apontaram a arma para ele. Rafael apanhou uma arma e saiu com um Corsa branco à procura dos dois, até que se encontraram nas proximidades da Elevacar. Houve troca de tiros, sendo que Geovane foi alvejado com dois disparos. O primo da vítima, que estava de carona, ao invés de socorrer o parente, pegou a arma e tomou uma moto de assalto para perseguir Rafael, que conseguiu fugir e foi preso quatro dias depois.
Consta ainda no processo, que Geovane se seus primos apedrejaram a casa de Rafael meses antes, ocasião em que bateram em um senhor de 64 anos que tentou intervir.
“O Ministério Público não tinha condições de tomar outro rumo a não ser mostrar para os jurados que ele agiu em legítima defesa. O réu que estava engasgado com tudo isso, não deveria, mas foi atrás deles acertar as contas. Atendi os pais que estão inconformados com a situação, pois a vítima não recuperou até hoje os movimentos das pernas, e está em uma cadeira de rodas. Infelizmente ele sofreu um castigo pesado, e está fadado a não caminhar mais”, lamentou o promotor.
Rafael de Andrade ficou preso por dois meses e meio, sendo solto após a audiência de instrução, que já apontava falta de elementos para a acusação.
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