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Região

Investigação aponta forte esquema de corrupção na Prefeitura de Ibiam

Publicado em 19/08/2015 ás19:00

Rádio Tangará/Divulgação

Foto: Rádio Tangará/Divulgação

Em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (19) no Fórum da Comarca de Tangará, foram esclarecidas as prisões e apreensões ocorridas em Chapecó, Xanxerê, Campos Novos, Videira, Ibiam, Joaçaba, Herval d´Oeste e Luzerna durante a Operação Reposta Certa.

De acordo com Joel Rogério Furtado Júnior, coordenador do GAECO de Lages, ao todo foram cumpridos 10 mandados de prisões preventivas e 15 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Poder Judiciário de Tangará. “Chamou a atenção do Ministério Público a malversação do dinheiro público na Prefeitura do município de Ibiam, e as investigações apontaram que um secretário municipal chefiava um esquema que fraudava licitações, inclusive com o pagamento de propina a servidores públicos”, destacou.

Durante as investigações, que duraram cerca de quatro meses, foi descoberto também um direcionamento de processo seletivo, com favorecimento de pessoas que tiveram acesso aos resultados da prova. “Essa operação é emblemática para mostrar que a sociedade, o Ministério Público, o Poder Judiciário, a Polícia Civil e o GAECO não admitem fraudes em licitações, corrupção ou desvio de verbas públicas”, disse o promotor de justiça da Tangará, Renato Maia. Segundo ele, ligações telefônicas foram interceptadas, e através de relatórios elaborados pelo GAECO foi possível descortinar o esquema forte de propina, direcionamento de licitações, e por fim, a fraude e um processo seletivo para o magistério.

“Além dos crimes, esses atos cometidos por agentes públicos caracterizam improbidade administrativa, ou seja, não tiveram a honestidade no trato com a coisa pública, isso inseja ações de punição como perda de direitos políticos, funções públicas, bem como ressarcimento ao erário de todos os danos causados”, alertou o promotor ao afirmar que os documentos apreendidos, inclusive recibos de propina assinados por servidores, comprovam o esquema no ramo de veículos, festas e eventos, e concurso público, mas que envolvem também outros ramos, que ainda não foram revelados, pois as investigações estão em curso.

“A fraude concentrava-se no município de Ibiam, e as buscas e prisões se estenderam para nos municípios onde moravam os empresários que participavam do esquema criminoso”, revelou o coordenador do GAECO de Lages.

Questionado de como funcionava o esquema, o promotor de justiça explicou que as provas indicam que havia contato prévio dos empresários com os agentes públicos para combinar preços e restringir a publicidade das licitações para que o processo fosse direcionado. Foram interceptados contatos anteriores e posteriores as licitações para a entrega de propinas. O montante do prejuízo ao erário público será apurado através dos documentos apreendidos nesta quarta-feira.

“Empresas e empresários de Joaçaba, Herval d´Oeste e Luzerna estão diretamente envolvidos”, disse o promotor ao responder o questionamento dos jornalistas. “Temos que preservar nomes para evitar um julgamento antecipado, mas há provas robustas e documentais que serão apresentadas na denúncia dessas pessoas”.

Em Joaçaba e Campos Novos duas pessoas foram presas durante busca e apreensão de documentos, pois possuíam armas de forma irregular em suas residências.

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