Acontece nesta terça-feira (25) no Fórum de Joaçaba a audiência de instrução do caso Mariane Telles. Nesta primeira fase do processo, defesa e acusação poderão produzir as provas orais no processo, ouvindo as testemunhas e o depoimento pessoal do réu, o jardineiro Vagner Fernandes do Nascimento.

O advogado de defesa, Álvaro Xavier, disse que não haverá surpresas neste primeiro momento, mas acredita que até o julgamento o jardineiro possa trazer mais elementos que comprovem que ele não cometeu o crime sozinho, ou que foi apenas um coparticipante no homicídio. “As circunstâncias levam a crer que existe um temor por parte dele, mas até lá podem surgir revelações. Se não houver, vamos defendê-lo como réu confesso”.

A defesa também contesta a forma dos depoimentos, pois de acordo com Xavier, o jardineiro não poderia ser ouvido sem a presença de um advogado, o que resultou em duas versões para o crime. “Isso não poderia ter acontecido em um país democrático, onde o princípio do contraditório, a ampla defesa deve ser mantida. Será um foco a ser discutido para saber qual das versões é a verdadeira”, comentou o advogado.

Relembre o caso:

O corpo de Mariane Telles foi encontrado por agricultores no dia 16 de abril, exatamente um mês após seu desaparecimento, em uma ribanceira em São João do Jacutinga, interior de Jaborá.

O Jardineiro foi apresentado como autor no dia 15 de maio, após confessar o crime, ocasião em que o delegado pediu sua prisão temporária até a conclusão do inquérito.

Mariane foi morta dentro do Senai, quando Vagner a levou até uma sala de depósito com a justificativa de comer sementes de girassol. Lá, ele asfixiou a jovem com um cordão de nylon, depois de tentar violentá-la.

Ouça abaixo o que diz o advogado: