O prefeito de Luzerna Moisés Diersmann, usou a rede social para desabafar nesta terça-feira (15) sobre a situação do JASC. De acordo com ele, há cerca de um mês tudo parecia estar certo, quando esteve, juntamente com os prefeitos Rafael Laske e Nelson Guindani (Joaçaba e Herval d´Oeste), em reunião com o governador Raimundo Colombo tratando do repasse financeiro para os Jogos.

“O Governador olha para o secretário de Turismo, Cultura e Esporte, Felipe Mello, e pergunta: Está tudo certo? A resposta dele: Sim, tudo certo. Não trouxe nenhum documento aqui, mas está tudo certo. O governador então determina que o repasse financeiro fosse executado”, descreveu Moisés ao comentar que acreditava que antes de chegar a Joaçaba o dinheiro já estaria liberado.

“Resultado: o procedimento não estava de acordo. O projeto teve que ser todo recadastrado, e novamente apresentou problemas”, lamentou. Conforme Diersmann, em março e abril a comissão organizadora trabalhava firme, buscava orientações na Secretaria de estado de turismo, cultura e esporte. “As orientações, ou melhor, desorientações, eram repassadas. Agora estamos a menos de 60 dias do JASC e nada de iniciar as obras de reformas dos centros esportivos das três cidades, porque nem convênio temos”, expôs o prefeito.

“Acho que deu né. Será impossível organizar um belo evento em tão curto espaço de tempo”, disparou Moisés que rotulou a situação como “briguinha política”. “Nossa população, e principalmente os atletas, não merecem essa briguinha política de bastidores. Fica esse jogo de interesse nas próximas eleições. Uma turma trabalha para dar certo e outra somente para desconstruir. O Governador não merece ter esse tipo de gente na sua equipe”.

O prefeito concluiu o desabafo afirmando que perdeu a vontade de realizar o JASC. “Que seja novamente em Itajaí, onde a estrutura está pronta”.

O impasse

O Tribunal de Contas do Estado suspendeu na segunda-feira (14) o contrato de cooperação financeira entre a Secretaria de Desenvolvimento Regional e Ammoc para o repasse dos recursos. De acordo com parecer do órgão fiscalizador, a Associação dos Municípios não pode fazer a gestão.

Em nota à imprensa, a Secretaria de Turismo, Cultura e Esporte, informou que está empenhada na revisão do parecer do Tribunal de Contas do Estado para que os jogos sejam realizados. Esclareceu também que juridicamente não há nenhum impedimento para a transferência de recursos. “A descentralização de recursos da SOL para a Secretaria de Desenvolvimento Regional é um procedimento previsto na legislação (que se baseia no decreto estadual nº 1309/2012). Dessa maneira, a SDR celebra um contrato de apoio financeiro com a Associação dos Municípios do Meio Oeste Catarinense (Ammoc), da qual fazem parte os três municípios que irão promover a competição. Essa modalidade de transferência tem o intuito de dar mais agilidade ao processo”.