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Cultura

Catanduvas e Luzerna recebem sessões de cinema nesta semana

Publicado em 25/11/2015 ás11:00

Gravação do documentário “Terra Cabocla” em Lebon Regis

Foto: Gravação do documentário “Terra Cabocla” em Lebon Regis

O ano de 2015 marcou o início do Cinestória, projeto de extensão do Instituto Federal Catarinense (IFC) Campus Luzerna. Até o final do semestre, mais duas sessões de filmes estão marcadas para acontecer na região.

Nesta quarta-feira (25), o documentário catarinense “Terra Cabocla” (2015) será exibido em Catanduvas, através de uma parceria com o Rotary Club. A obra, que resgata aspectos da Guerra do Contestado, já foi exibida com sucesso em Joaçaba, no Teatro Alfredo Sigwalt. A exibição será no Clube Sharuc, a partir das 19h30. Após a sessão, haverá um debate com a presença de Vicente Telles, sobrinho-neto de ex-combatentes do Contestado, além da equipe do Cinestória.

Os ingressos já podem ser retirados mediante a entrega de 1 kg de alimento não-perecível nos seguintes pontos de Catanduvas: Irmãos Comassetto, Lojas Lunar, Sicredi, Sicoob, Supermercado São Luiz, Supermercado Ascoli e Rádio Catanduvas FM. É possível garantir o ingresso também em Luzerna, no Gabinete da Direção do IFC, até o meio-dia de terça-feira (24).

Já na sexta-feira, dia 27, o projeto apresenta no auditório da Escola de Educação Básica Padre Nóbrega, em Luzerna, o filme “Quanto vale ou é por quilo?”, do brasileiro Sergio Bianchi. O longa trata da exploração da miséria pelo marketing social, entre outros aspectos. A entrada é gratuita.

O Cinestória teve início no mês de maio. Ao longo do ano, oito filmes nacionais e estrangeiros foram exibidos em sessões gratuitas. Trabalhando com temáticas que abordam questões sociais e históricas, todos os encontros foram seguidos por debates com os professores do próprio IFC, criando um novo espaço de diálogo sobre história, cultura e sociedade. Para a coordenadora do projeto, professora Isabel Cristina Hentz, a iniciativa cumpriu os objetivos inicialmente propostos. “Fizemos diversas exibições públicas e gratuitas e tivemos a participação de muitos estudantes e professores de Luzerna, não só do IFC, mas também de outras escolas”, comenta.

A professora destaca como ponto alto do projeto a exibição do documentário “Terra Cabocla”, no Teatro Alfredo Sigwalt, que contou com a presença dos diretores do documentário e do professor Paulo Pinheiro Machado, importante pesquisador sobre a Guerra do Contestado. “Estimamos que o documentário foi assistido por mais de 300 pessoas, muitas da comunidade externa ao IFC, tornando a exibição um importante momento de reflexão sobre a questão do Contestado e seus desdobramentos ainda atuais na região”, fala Isabel. “Além disso, foi também importante para tornar o IFC Luzerna reconhecido por sua atuação nos campos cultural e social.”

Outra conquista do projeto foi a elaboração do blog (http://projetocinestoria.blogspot.com.br/). “A partir dessa mídia digital, divulgamos todas as ações do projeto. Agora estamos elaborando textos de análise dos filmes exibidos, para publicar no blog. Esperamos que estes textos possam ajudar os professores que pretendem utilizar essas obras em suas aulas”, ressalta a coordenadora do Cinestória.

O projeto de extensão conta com quatro bolsistas, sendo três voluntárias, todas alunas do Ensino Médio Integrado do IFC. Isabel comenta que a participação das estudantes foi muito ativa, pois estiveram presentes nas exibições e nas reuniões do projeto desde o início das atividades. “Elas produziram muito ao longo desse ano, pesquisando sobre todos os filmes exibidos e apresentando informações no início de cada sessão, criando os materiais de divulgação, produzindo textos de análise das obras discutidas e alimentando o blog do projeto com todas essas informações”, conta. “Acredito que o projeto tenha enriquecido bastante a formação delas, especialmente a formação humana e estética, pois elas puderem entrar em contato com temas e linguagens que nem sempre temos disponibilidade de abordar em sala de aula.”

O projeto assumiu uma perspectiva interdisciplinar, bastante focado nas ciências humanas. A participação de professores e técnicos formados em diversas áreas enriqueceu muito as discussões. “Cada um e cada uma contribuiu trazendo suas visões construídas a partir de sua formação e também a partir de suas experiências prévias com o cinema”, diz Isabel.

A ideia é de que o projeto continue no próximo ano, seguindo a mesma linha de exibir filmes nacionais e estrangeiros fora do circuito comercial, que abordem questões que permitam refletir sobre a sociedade. A coordenadora do projeto pretende aprofundar mais as ações nas questões próprias da estética cinematográfica, a partir de leituras e discussões entre a própria equipe do projeto, para tornar os debates dos filmes ainda mais ricos. “Além disso, gostaríamos de levar o Cinestória para mais municípios, fazendo exibições em escolas que demonstrem interesse pela nossa proposta”, completa Isabel.

Fonte: Wagner Lenhardt/Assessoria

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